Apocalipse 5 Verso por Verso

  

 O maior espetáculo musical da história é apresentado neste capítulo. Nunca houve um concerto tal como este oratório em dois temas. A música é a linguagem do Céu. O livro de fala de uma comemoração que ocorreu no Céu por ocasião da criação do mundo, quando miríades de anjos deram o seu louvor em um hino para a criação: “Quando as estrelas da alva juntas, alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus” (Jó 38:7). O capítulo 4 de Apocalipse descreve esse cântico. Em Apocalipse 5, temos outro concerto ainda mais bonito. É o oratório da redenção.

1. Vi, na mão direita dAquele que estava sentado no trono, um livro escrito por dentro e por fora [...] selado com sete selos.
2. Vi, também, um anjo forte, que proclamava em grande voz: Quem é digno de abrir o livro e de lhe desatar os selos?
3. Ora, nem no Céu, nem sobre a Terra, nem debaixo da terra, ninguém podia abrir o livro, nem mesmo olhar para ele;

    Um oratório de louvor: Um oratório é uma composição musical onde solos e coros combinam com o acompanhamento de instrumentos. Ele começa com um poderoso cântico de louvor ao Criador, o Cordeiro que é, que era e que virá.

    Um solo: O oratório começa com um solo vocal de “um anjo forte” que canta uma ressonante pergunta: “Quem é digno de abrir o livro e de desatar os seus selos?” A direita dAquele que está sentado no trono está um rolo. É um documento que tem sete selos.

    Por fora: Havia algo escrito por fora do livro? A Versão Almeida Revista e Corrigida diz: “E vi na destra do que estava assentado sobre o trono um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos.” Se houvesse algo escrito por fora, esses escritos poderiam ser lidos. Mas esse rolo não podia ser lido sem que se violassem os selos. É possível que a vírgula tenha sido mal posicionada pelos tradutores. Aqui está a maneira como o verso deveria ter sido escrito:

... um livro escrito por dentro, e por fora selado com sete selos (Apocalipse 5:1).

    Quem é digno? A única resposta para o desafio que ressoa por toda a criação é o silêncio. Ninguém, entre os anjos e seres não caídos no Céu, responde. Nenhum ser não caído na Terra responde. Nem anjos, nem demônios; ninguém no Céu ou na Terra pode responder. Nem anjos nem homens conhecem os propósitos secretos de Deus.
    Os querubins, os serafins, os anciãos e as hostes angelicais param de cantar e, silenciosamente, esperam até que alguém se adiante, tome o rolo da mão do Eterno, e quebre os sete selos. As quatro criaturas viventes ficaram emudecidas; silentes ficaram os querubins e serafins. Em uma silenciosa solenidade, sentaram-se os vinte e quatro anciãos em seus tronos. João desconhece o conteúdo do livro. Ele fica tão preocupado que começa a chorar.

4. e eu chorava muito, porque ninguém foi achado digno de abrir o livro, nem mesmo de olhar para ele.
5. Todavia, um dos anciãos me disse: Não chores; eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos.
6. Então, vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anciãos, de pé, um Cordeiro como tendo sido morto. Ele tinha sete chifres, bem como sete olhos, que são os sete Espíritos de Deus enviados por toda a Terra.
7. Veio, pois, e tomou o livro da mão direita daquele que estava sentado no trono;

    O leão: O profeta volta-se para ver um leão. Mas o que ele vê? Ele vê um cordeiro. Cristo é como um leão para os Seus inimigos. Aqui, Ele é descrito como um cordeiro que foi morto. Cerros comandantes militares, ao aparecerem em um desfile, insistem em usar o mesmo uniforme usado na batalha. É uma honra para eles vestir a roupa retalhada com cortes de sabre e enfeitada com marcas dos tiros que a atingiram. Jesus venceu o pecado como um Cordeiro. Foi como um cordeiro que Ele redimiu a todos.
    Ele é o cumpridor daquele rolo misterioso, tão cuidadosamente selado. Ele veio para desenrolá-lo. Por meio das ações através das quais Ele devia ocupar o lugar mais importante, o rolo foi cumprido. Ele é o único que tem as qualificações necessárias para tomar o livro. Por que Ele tem essas qualificações?

8. e, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos,
9. e entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o Teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação
10. e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a Terra.

    Por que Ele é digno? “Porque foste morto” (Apocalipse 5:9). Não porque foi nascido na Terra. Isto era importante, mas não era tudo. Não porque Ele viveu uma vida santa. Por mais importante que isso fosse, a Sua credencial está no fato de que, ao morrer no ensanguentado madeiro, Ele fez provisões para que a nossa violação da justiça e da santidade fosse sanada. Ele mesmo levou “em Seu corpo os nossos pecados”. Ele, que não conhecia pecado, foi feito pecado por nós para que nEle pudéssemos ser feitos justiça de Deus. Houve uma substituição real, literal e positiva do justo em lugar do injusto para que pudéssemos ser conduzidos para Deus. Qualquer outro tipo de expiação não vale o fôlego utilizado para pregá-la.

11. Vi e ouvi uma voz de muitos anjos ao redor do trono, dos seres viventes e dos anciãos, cujo número era de milhões de milhões e milhares de milhares,
12. proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor.
13. Então, ouvi que toda criatura que há no Céu e sobre a Terra, debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, estava dizendo: Aquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos.
14. E os quatro seres viventes respondiam: Amém! Também os anciãos prostraram-se e adoraram.

    O arranjo artístico: Note que o oratório vai formando corais e quartetos imortais, todos cantando louvores celestiais. Ele começa com um quarteto, que canta o cântico dos serafins: “Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-poderoso.” Entram, então, os 24 cantores cantando o oratório da criação. Em seguida, vem um solo com a pergunta: “Quem é digno de abrir o livro e de desatar os seus selos?”
    Quando o Cordeiro toma o livro da mão do Criador, ouve-se o quarteto em uníssono e o coro dos anciãos cantando um novo cântico: “Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos, porque foste morto e com o Teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação; e para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a Terra.”
    Então, um coro majestoso explode em louvor. Os anjos cantam. “E era o número deles milhões de milhões e milhares de milhares.” Todos eles unem-se no cântico: “Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças.”
    Este é o maior coro já formado. Mas, note, ele continua crescendo e ficando cada vez maior. Começa, agora, o emocionante crescendo, o clímax e o grande final. Não somente as criaturas viventes, os anciãos e os anjos, mas todas as coisas criadas que estão no Céu e na Terra, debaixo da terra, no mar, e todas as coisas que neles há estão louvando o Criador e Redentor.
    Depois disso, quando a agitação do louvor universal fenece, ouve-se o som de um grandioso amém, que vem dos lábios das quatro criaturas viventes. Há, então, um absoluto silêncio; os quatro anciãos se prostram e adoram.
    Qual é a mensagem de todo o oratório? “Ele é digno,” Todos precisamos unir-nos àquele cântico. Jesus é digno da minha vida e do meu amor. Ele é digno de tudo o que eu possa dizer dEle, mil vezes mais digno. Ele é digno de toda a música e de todas as harpas da Terra, digno de todas as músicas dos melhores cantores, digno de toda a poesia dos melhores escritores. Ele é digno de toda a adoração, digno de tudo o que cada pessoa possa conceber, digno de ser adorado por tudo o que está na Terra, no Céu e no Céu dos céus.
    Não podemos apenas fingir que Lhe damos aquilo de que Ele é digno. Que o tempo e a eternidade juntem-se para proclamar a poderosa mensagem: “Ele é digno.”


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