Apocalipse 1, Explicado Verso por Verso



    O perfil de uma cidade foi mudado num simples instante por um aparelho elétrico que estava no outro lado do Atlântico. Em 1931, na Itália, Marconi ligou um interruptor e uma estátua colossal de concreto, no Rio de Janeiro, foi imediatamente iluminada com uma luz branca.
    De inúmeros pontos das ruas e do porto da cidade podia-se ver, no topo do Corcovado, cerca de mil metros acima da baía, uma imponente imagem de Cristo, que parecia estar flutuando entre as estrelas, totalmente separada da Terra.
    Desde aquele dia, em 1931, esse imponente vigia da cidade do Rio de Janeiro continua de pé, com seus braços estendidos, como que protegendo o paraíso tropical lá embaixo. Lá de cima, onde está a estátua, um enorme precipício vai até as margens da baía. A cidade é domina­da pela constante presença do Cristo Redentor.
    Ao colocarmos o holofote do Espírito Santo sobre o livro do Apocalipse, a majestosa imagem do Cristo exaltado domina totalmente a paisagem. Contra o pano de fundo dos inóspitos rochedos de Patmos, Sua nobre fisionomia é revelada. O Antigo Testamento O reve­la tanto nas promessas como nas profecias. Os Evangelhos O reve­lam em Sua vida terrestre e em Seu ministério. Atos dos Apóstolos apresenta os primeiros triunfos da igreja sob o ministério do Espíri­to Santo. O livro do Apocalipse é o ato final da cerimônia que vem se desenvolvendo, e que começou nos portais do jardim do Éden com a primeira promessa evangélica. Ele é uma revelação de Cristo, nosso Redentor.

1. Revelação de Jesus Cristo, que Deus Lhe deu para mostrar aos Seus ser vos as coisas que em breve devem acontecer e que Ele, enviando por intermédio do Seu anjo, notificou ao Seu servo João,
2. o qual atestou a palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo, quanto a tudo o que viu.

    A revelação de Jesus Cristo: Não se trata da revelação de São João, o Divino, como dizem algumas Bíblias. Não é uma mera predição dada através do nosso Salvador. O livro de Apocalipse revela Sua personalida­de, Seu poder, ministério e propósito eterno. O Seu nome ou o equiva­lente aparece 187 vezes nos três primeiros capítulos do livro. 

    O assunto principal do Apocalipse: É mostrar “as coisas que bre­vemente devem acontecer”. 

    O método pelo qual o Apocalipse foi revelado: Por meio do Seu anjo, Jesus Cristo enviou a mensagem para João e deu-lhe o de­vido significado.

3. Bem-aventurados aqueles que leem e aqueles que ouvem as palavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo está próximo.

    Uma bênção tripla:
    1. Aqueles que leem.
    2. Aqueles que ouvem.
    3. Os que guardam as coisas nelas escritas.

    Como observar as palavras desta profecia:
    1. Viver pelos princípios do livro.
    2. Estudar suas profecias e nelas ter esperança.
    3. Aprender suas promessas e confiar nelas.

    O tempo está próximo: Cada século que passa, cada ano que termina, cada dia que voa acrescenta urgência e importância ao estudo desta porção que conclui a Bíblia. Nunca houve um período em que estes ensinamentos fossem tão importantes como agora.

4. João, às sete igrejas que se encontram na Ásia, graça e paz a vós outros, da parte dAquele que é, que era e que há de vir, da parte dos sete Es­píritos que se acham diante do Seu trono

    As sete igrejas: Sete nomes foram escolhidos como representantes de to­das as igrejas daquela geração e de toda a cristandade.

    Aquele que é, que era e que há de vir: Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre” (Hebreus 13:18). Este é o Cristo do passado, presente e futuro. No passado, Ele foi a fiel testemunha e o primogênito dos mortos. No presente, é Aquele que nos ama e nos livra dos nossos pecados. No futuro, virá nas nuvens, e todo olho O verá.

5. e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mor­tos e o Soberano dos reis da Terra. Àquele que nos ama, e, pelo Seu san­gue, nos libertou dos nossos pecados,

    O primogênito dos mortos:
Jesus não foi o primeiro a ressuscitar dos mortos em um ponto do tempo. Ele é o primeiro no sentido de que todos os outros que ressuscitaram antes e depois dEle conquista­ram a liberdade dos grilhões da morte somente em virtude do Seu triunfo sobre a sepultura. Ele tem poder para entregar a vida e depois reavê-la (João 10:18). Esta verdade O coloca à parte de todos os seres humanos, e O caracteriza como a fonte de toda a vida.

6. e nos constituiu reino, sacerdotes para o Seu Deus e Pai, a Ele a gloria e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!

    Cristo constituiu a Sua igreja para que fosse um “reino”, e seus mem­bros, “sacerdotes”. Ser um membro deste reino é ser um sacerdote. Não é por outra razão que lemos sobre um “sacerdócio real” em I Pedro 2:9.
    Os que aceitaram a salvação em Cristo formam um reino cujo rei é Cristo. Uma vez que cada cristão é um sacerdote, ele pode recorrer a Deus em seu próprio favor, sem a mediação de nenhum outro ser hu­mano. Cristo é nosso mediador (I Timóteo 2:5) e nosso grande sumo sacerdote”. Através dEle, é nosso privilégio ir ao trono da graça (He­breus 4:15 e 16).

7. Eis que vem com as nuvens, e todo olho O vera, até quantos O traspassaram. E todas as tribos da Terra se lamentarão sobre Ele. Certamen­te. Amém!

    O objetivo do livro é apresentado de forma repentina no verso 7. O seu tema é o aparecimento real, pessoal e visível do nosso Senhor ressurreto. É o evento mais público de toda história humana, pois "todo olho O verá”. É plano de Deus que cada descendente de Adão possa, pelo menos uma vez, olhar para Cristo, o segundo Adão.

    Os que “O traspassaram” devem incluir:
    1. Os judeus que exigiram Sua morte.
    2. Pilatos, que deu a sentença.
    3. Os soldados romanos que cravaram os pregos em Suas mãos e Seus pés, e perfuraram o Seu lado com uma lança.
    4. Os que, por sua atitude desafiadora, “de novo crucificaram o Filho de Deus e o expõem ao vitupério” (Hebreus 6:6).

    Jesus disse a Caifás que ele testemunharia a Sua volta e que O ve­ria sentado à direita do Todo-poderoso e vindo sobre as nuvens do céu” (Mateus 26:62-64).

"Olharão para Aquele a quem traspassaram; pranteá-Lo-ão como quem pranteia por um unigênito e chorarão por Ele como se chora amargamen­te pelo primogênito” (Zacarias 12:10).

    Uma ressurreição especial (Daniel 12:1 e 2) possibilita que essas pessoas testemunhem a Sua volta.

8. Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus, Aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso.

    Alfa e Ômega: Localizada num planalto ondulado, a nordeste de Los Angeles, está a linda cidade de AZUSA. Intrigado, um visitante indagou um dos seus moradores acerca do nome daquela cidade. Com orgulho, ele respondeu: “Nossos pais e fundadores queriam que este local se tornasse o lugar mais bonito, de A a Z, em todos os Estados Unidos da América (USA). E foi assim que eles criaram o nome AZUSA.
    Os pioneiros de AZUSA não foram os primeiros a usar o alfabeto para formar um nome. O Salvador usou-o para representar a Si mes­mo quando disse: “Eu sou o Alfa e o Ômega”, a primeira letra e a última do alfabeto grego. Jesus disse ser o alfabeto inteiro, uma figura de linguagem que expressa o quão completa é a Sua redenção.
    Desde que a língua portuguesa entrou em uso, autores têm utiliza­do o alfabeto para tudo o que escrevem. Cada escritor tem usado estas 24 letras para expressar suas ideias e pensamentos. A riqueza do conhe­cimento guardado em todas as nossas bibliotecas tem sido expressa por meio destas 24 letras. O alfabeto serve para o historiador e o poeta, para o pastor no púlpito e o juiz em sua banca.
    Uma ocasião, Mark Twain falava com um pregador que alegava ser muito original. “Eu tenho cada palavra do seu sermão em um livro”, instigou o famoso humorista depois de ouvir um sermão desse prega­dor. “Impossível”, disse o pregador. “Mostre-me o livro." Na próxima vez que se encontraram, Mark Twain mostrou-lhe o livro com cada pa­lavra dos sermões do pregador. O título era: Webster’s Unabridged Dictionary (Dicionário Completo Webster).
    Jesus podia alegar total originalidade, pois Ele criou todas as coisas, inclusive o alfabeto. E, ao dizer ser o Alfa e o Ômega, Ele estava incluindo todas as coisas. Não existe nenhuma letra antes do A e nenhuma letra de­pois do Z; por isso, o alfabeto abrange todas as coisas.

9. Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na perseverança, em Jesus, achei-me na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus.

    Por que João estava em Patmos? João nos diz onde ele estava, o que ele era, o que ele viu, o que ouviu e o que fez. O relatório é auto­biográfico, não de segunda mão. Por que ele estava na ilha de Patmos? Ele não estava de férias, nem precisava de um curto descanso. Foi por causa da palavra de Deus e pelo testemunho de Jesus Cristo”.     
    Uma luz fulgurante é projetada naquelas pedras desoladas, trans­formando-as em telas mágicas de revelação. Uma voz afugentou a enorme monotonia de suas horas com emocionantes enunciados. O sol de Patmos empalideceu diante do esplendor dAquele cuja mão oni­potente acendeu a tocha do seu coração com a maravilhosa promessa. “Não temas! Eu sou o princípio e o fim!

    O Apocalipse não foi escrito em Patmos: João tinha provavelmente 17 anos de idade quando ouviu João Batista chamar Jesus de o Cordei­ro de Deus”. Ao se aproximar dos 60 anos, na época da destruição de Jerusalém (70 d.C), ele foi de Jerusalém para Éfeso, onde pastoreou a igreja que Paulo fundara em sua terceira viagem missionária.
    A opinião geral de estudiosos da Bíblia é que João foi para a ilha de Patmos em 04 d.C., aos 84 anos de idade, e que recebeu a visão entre os 95 e 96, voltando, depois, para Éfeso. O livro provavelmente foi es­crito em Éfeso, e não na ilha de Patmos, cerca de 96 d.C.

10. Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de trombeta,
11. dizendo: O que vês escreve em livro e manda às sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia.

    O dia do Senhor: O dia do Senhor não pode ter sido um domin­go, pois o primeiro dia da semana nunca foi observado como um sá­bado até vários séculos depois da ascensão de Cristo. Escritores bíbli­cos referem-se ao domingo como “o primeiro dia da semana”. Para os pagãos, era o dia do Sol.

    Qual é o dia do Senhor?
    1. O dia que o Senhor chama de “Meu santo dia” (Isaías 58:13).
    2. Jesus é o “Senhor do Sábado” (Marcos 2:28). 

12. Voltei-me para ver quem falava comigo e, voltado, vi sete candeeiros de ouro
13. e, no meio dos candeeiros, um semelhante a filho de homem, com vestes talares e cingido, à altura do peito, com uma cinta de ouro.

    Um retrato de Cristo: A tentativa de um artista de descrever com lápis ou pincel o que é visto aqui resultaria num grotesco retrato, es­tranhamente diferente do retrato que João pretendeu fazer com pala­vras. Seria impossível fazer com que esse retrato ficasse tecnicamente preciso, mas, mesmo assim, o que João viu era tão impressionante que ele ficou profundamente maravilhado, sem fôlego. Era algo além do que a imaginação humana podia captar.

    Suas vestes: Aqui vemos Cristo vestido como Arão, o sumo sacer­dote, significando que, assim como Arão foi o sumo sacerdote do pas­sado, Cristo é o sumo sacerdote do Novo Testamento. Ele está conti­nuamente apresentando ante o Pai os memoriais da Sua morte, os mé­ritos do Seu sacrifício, e intercedendo por nós.

14. A Sua cabeça e cabelos eram brancos como alva lã, como neve; os olhos, como chama de fogo;
15. os pés, semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa fornalha; a voz, como voz de muitas águas.

    Sua cabeça e cabelos eram brancos como a lã branca e como a neve: O branco simboliza a pureza. Cabelos brancos representam uma idade venerável, sabedoria e experiência. Buscar os mais idosos para conselho é um princípio bíblico (ver Provérbios 20:29; 16:31).

    Seus olhos são como chamas de fogo: Isso significa um conhe­cimento penetrante; como o cabeça da igreja, Ele enxerga todos os seus caminhos, suas palavras e pensamentos. Eu sou aquele que sonda as mentes e os corações” (Apocalipse 2:23). O olhar pene­trante de Jesus discerne os pensamentos e os motivos que dão ori­gem às palavras e os atos. Ele conhece todas as pessoas e o que lhes vai no íntimo. Ele possui inteligência e conhecimento penetrantes. Os olhos de Cristo lampejam como o fogo ao Ele contemplar a iniquidade da igreja para a qual ministra. Eles ardem com santa indig­nação contra todo o erro.
    Dizem que o poder de César sobre as pessoas dos seus dias estava nos seus flamejantes olhos - o seu olhar penetrante e revelador, ante o qual seus inimigos se rendiam. Os olhos de Cristo não apenas enxer­gam o hipócrita e pecador, mas os consomem em seus pecados.

Porque, quanto ao Senhor, Seus olhos passam por toda a Terra (II Crôni­cas 16:9).

    Os seus pés, semelhantes ao bronze polido: Isso significa a resistência de Cristo em relação aos inimigos da igreja. O bronze, ou latão, foi usado para denotar a capacidade de resistir sem desgaste. Representa estabilidade, poder irresistível e força. O bronze de Corinto era uma liga de ouro, prata e cobre mais valiosa do que o ouro.
    Cristo pode sustentar a todos os que nEle depõem a confiança. Sua fidelidade dura para sempre. Seus pés estavam descalços, assim como estavam os pés dos sacerdotes ao ministrarem no santuário.

Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas novas (Isaías 52:7).

    Uma voz como de muitas águas: Daniel descreveu Sua voz como a voz de uma multidão. Ezequiel a descreveu como a voz de um exér­cito ou o ruído de muitas águas (Ezequiel 1:24; 43:2). Majestade e harmonia estão aqui representadas. João estava acostumado a ouvir a melodia das ondas do Mar Egeu. Aquelas estrondosas ondas e suas es­pumas revoltas falavam a uma só voz.

16. Tinha na mão direita sete estrelas, e da boca saía-Lhe uma afiada es­pada de dois gumes. O Seu rosto brilhava como o Sol na sua força.

    As estrelas: O que representavam essas estrelas? O verso 20 nos fala que elas eram os anjos das sete igrejas. Os anjos eram mensageiros ou ministros.
    O que seria da noite se não existissem as estrelas? Elas trazem beleza, consolo e conforto. As estrelas que piscam no céu podem parecer páli­das à distância, mas sem elas a noite seria sombria e tristonha.
    Estas estrelas representam os ministros de Deus, cuja mensagem às vezes parece sem vida, quase obscura, sem qualquer brilho especial. Deus precisa muito mais de estrelas resplandecentes do que de fulgu­rantes meteoros. Ele precisa mais de estrelas do que de fogos de artifí­cio. Um homem chamado por Deus vale por mil formados em uma universidade. Quando Deus chama um homem, Ele o reveste de po­der. Sem as estrelas, a escuridão seria impenetrável.
    Deus fez as estrelas e as colocou em seus devidos lugares. As universidades não podem fabricar estrelas. Somente Deus pode dar luz a uma estrela. Ele as remove. Cuida de cada uma delas, em sua magnitude, no seu deitar e levantar. Isso é obra de Deus, não de homens.
    Ele sustenta as estrelas em Suas mãos. Os ministros estão na linha de frente. O diabo os odeia. As hostes dos demônios afiam suas setas e apontam suas lanças contra os ministros de Deus. Eles se alegram se pu­derem fazer com que uma estrela caia no chão.

    A espada de dois gumes:

Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividi) a a!ma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração (Hebreus 4:12).

    A fonte de poder não está nos ministros. A Palavra de Deus é a for­taleza da igreja. As estrelas brilham porque Deus as faz brilhar. Os mi­nistros não têm qualquer poder, a menos que venha da Palavra de Deus. A espada de dois gumes vem da boca de Jesus.
    O poder não está nas estrelas; está no Verbo que fez as estrelas. Qualquer sermão que não seja a Palavra de Deus é um sermão inócuo. Qualquer teologia que não seja a teologia de Deus é uma teologia desperdiçada.
    A Palavra de Deus é uma espada porque a verdade ofende o orgulho humano. Ela o reduz a pó. Faz com que as pessoas fiquem perturbadas e preocupadas. A espada é feita para ferir. Ela tem dois gumes porque carrega promessas e ameaças. Alguns ministros usam apenas um lado da espada. Eles matizam a mensagem, jogam nela um pouquinho de açúcar, e adulteram-na. Sermõezinhos produzem cristãozinhos.

    O Seu rosto brilhava como o Sol na sua força: Quando o Sol bri­lha no esplendor do meio-dia, você não pode ver as estrelas. Devemos deixar Cristo brilhar de modo que as pessoas possam sentir Seu calor e alegria. Por que João caiu aos Seus pés como se estivesse morto? Você não pode olhar para o Sol sem ferir os seus olhos.
    Precisamos do Sol. Não importa quão bela seja a paisagem, ela se perde na escuridão da noite. As trevas são a sepultura da beleza. Não importa quão lógicas sejam as doutrinas, elas se perdem sem a beleza de Cristo. A ausência de Jesus seria o fim de todas as virtu­des humanas.
    O Sol é a fonte da vida, da luz e do poder. Cristo disse que Ele era a luz do mundo. Malaquias chamou-O de “Sol da Justiça”. Ele é o su­premo doador de vida e luz do mundo espiritual. Homem nenhum, em seu estado pecaminoso, pode contemplar a face do Cristo glorificado e viver. Por ocasião de sua volta, os ímpios pedirão que as rochas e as montanhas os sepultem.

17. Quando O vi, caí a Seus pés como morto. Porém Ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não temas; Eu sou o primeiro e o último
18. e Aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno.

    O efeito no profeta: João experimentou o mesmo efeito que a visão de Miguel teve sobre o profeta Daniel (Daniel 10:7-12). Moisés, Jó, Isaías, Paulo e o soldado romano que guardava a sepultura de Jesus ti­veram experiências semelhantes quando contemplaram a glória de Deus ou do anjo Gabriel.

    Aquele que está vivo: Meras criaturas são mortais. João se aproxima­va da marca de um século em sua idade, e logo devia morrer, tornando- se um prisioneiro da tumba. As castigadas escarpas de Patmos não pude­ram obscurecer a confortadora certeza de que o poder da sepultura ti­nha sido derrotado pela vitória da ressurreição de Cristo. “Porque Eu vivo, tu também viverás.”
    Jesus fez o profeta exilado lembrar-se de que Ele também havia sido condenado por uma corte romana e sentenciado por um juiz romano. Ele havia sido colocado numa sepultura lacrada com o selo romano e vigiada por soldados romanos. Mas todo o poder da férrea monarquia de Roma não pôde mantê-Lo cativo.

    As chaves da morte e do inferno: A morte é uma força pode­rosa que aprisiona firmemente os que caem sob o seu cruel do­mínio. Estima-se que mais de cento e quarenta bilhões de pes­soas já viveram na face da Terra, e todas, com exceção de pouco mais de seis bilhões, morreram e voltaram para o pó. A Terra é um vasto cemitério. Por todas as partes, vítimas da morte jazem nas prisões silentes e escuras esperando pelo chamado do Doador da vida.

19. Escreve, pois, as coisas que viste, e as que são, e as que hão de aconte­cer depois destas.
20. Quanto ao mistério das sete estrelas que viste na Minha mão direita e aos sete candeeiros de ouro, as sete estrelas são os anjos das sete igre­jas, e os sete candeeiros são as sete igrejas.

Retirado do livro: Apocalipse Verso por Verso, escrito por Henry Feyerabend, publicado pela CPB.


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